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O
corpo humano é formado por 100 trilhões de micro-organismos simbiontes que vivem
em cada indivíduo e compõem sua microbiota corporal. Cerca de 95% de toda essa
microbiota está localizada no trato gastrointestinal e forma a microbiota
intestinal, que é considerada tão individual quanto a nossa impressão digital,
embora grupos bacterianos comuns estejam presentes em todos os indivíduos, mas
em proporções distintas (WORLDMICROBIOMEDAY,
2019).
O
Microbioma Intestinal é o estudo dos
genes dos micro-organismos que vivem no intestino, mas o conjunto de
micro-organismos que habitam o intestino é denominado Microbiota Intestinal (LIU, 2016).
Atualmente, já existe
disponível exames que avaliam através de técnicas laboratoriais moleculares de
alta complexidade, o microbioma intestinal e a presença principalmente das
bactérias que habitam o intestino, possibilitando uma avaliação precisa da
presença de desequilíbrios na microbiota que necessitam de intervenção clínica.
Estudos recentes apontam que a relação entre a microbiota intestinal e a saúde
estão fortemente associada, pois uma microbiota intestinal saudável é
responsável pela saúde geral do indivíduo (JANDHYALA et al., 2015). Razão pela
qual é muito importante avaliá-la em alguns momentos da vida e em algumas condições
patológicas.
De
maneira geral, os indivíduos apresentam composições bacterianas distintas em
sua microbiota intestinal, que são definidas geneticamente, e por características
individuais e ambientais. Dentre as características ambientais destacamos
fatores que desempenham um papel importante na formação da microbiota
intestinal normal, tais como: (1) o modo de nascimento (parto vaginal ou
cesariana), (2) idade (a microbiota modifica-se no idoso e na criança é
definida aos 3 anos), (3) hábitos alimentares, dieta durante a primeira
infância (leite materno ou fórmula) e na vida adulta (se é baseada em vegetarianismo
ou consumo de carne) e (4) uso de antibióticos, que alteram a microbiota. A
longo prazo esses fatores promovem mudanças na microbiota intestinal normal
(MORAES et al; 2014; JANDHYALA et al., 2015; MARX, 2015).
Esse
conjunto de fatores é muito importante para definir a microbiota intestinal
inicialmente formada que é chamada de Microbiota Residente (permanente,
intermitente ou comensal) que nos
acompanha por toda a vida, e posteriormente também é relevante para a
modulação da chamada Microbiota Transitória ou temporária, que compete com a microbiota
residente e é eliminada, entretanto sua modulação terapêutica pode melhorar a
microbiota a residente.
Além
de todas estas questões, a correria diária faz com que o consumo de alimentos
processados, bem como ricos em gordura animal e açúcares, sejam cada vez mais
frequentes, reduzindo a chamada “alimentação saudável”, se associarmos a estes
fatores condições contínuas de estresse e falta de atividade física, a um prazo
curto ou moderado, observaremos reflexos em nosso corpo, com o aparecimento de
doenças refletindo as mudanças alimentares que causam disbiose intestinal.
O desequilíbrio da microbiota intestinal ou
desbalanço é chamado de DISBIOSE, condição que pode estar associada a várias
doenças e pode ser detectada por exames laboratoriais, como os de avaliação do
Microbioma Intestinal (www.euroexame.com.br/exames/moleculares).
Uma vez identificado esse desequilíbrio pode ser tratado individualmente,
restabelecendo através de alimentação saudável e emprego de suplementos prebióticos
e probióticos, que em conjunto com outras estratégias de saúde (terapias de
suporte, suplementares, medicina integrativa, ortomolecular, dentre outros), podem
reestabelecem a saúde do indivíduo, auxiliando o médico no diagnóstico e no
tratamento de acordo com sua formação e convicção clínica do tratamento mais
adequado para seu paciente.
Indicações
clínicas para realização do exame de Microbioma Intestinal
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Avaliação após tratamento da disbiose com dieta, complexos
homeopáticos, probióticos e organoterápicos
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Avaliação do estado nutricional do paciente e hipovitaminoses
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Envelhecimento
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Avaliação do estado imunitário do hospedeiro
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Uso indiscriminado de antibióticos e anti-inflamatórios
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Uso crônico de inibidores da bomba de prótons – alteram o pH do estomago o qual
tem que ser ácido. Ex.: omeprazol
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Alergias alimentares
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Uso prolongado de laxantes
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Doenças consumptivas (câncer e AIDS)
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Disfunções hepatopancreáticas (Diabetes)
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Doenças gastrintestinais e associações
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Estresse
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Avaliação candidíase e vaginoses graves e crônicas, infecções urinárias
recorrentes (reserva intestinal)
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depressão, ansiedade, síndrome do Pânico e outros transtornos psíquicos tendo
em vista que 90% da serotonina e 50% da dopamina do organismo são produzidas
pelo intestino que se comunica com o cérebro pelo sistema nervoso entérico.
Benefícios do Exame
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Identificação do Índice de Disbiose Intestinal
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Quantificação e/ou classificação dos principais filos bacterianos presentes no
intestino, Firmicutes e Bacteroidetes
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Identificação de bactérias marcadoras de saúde intestinal
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Correção sob medida do estado intestinal do paciente
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